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Simbiose: entenda o que é e todos os tipos (com exemplos)

Denomina-se simbiose qualquer relação ecológica próxima e interdependente de certas espécies de uma comunidade, de longa duração, podendo apresentar consequências vantajosas ou desvantajosas para pelo menos uma das partes. Relações ecológicas eventuais não se encaixam no conceito de simbiose.

Os principais tipos de simbiose são: mutualismo, comensalismo, parasitismo, inquilinismo, forésia e amensalismo.

As relações simbióticas podem ser observadas em todos os ecossistemas e são muito importantes para a manutenção da comunidade, permitindo o equilíbrio entre as diversas populações.

A relação entre cupins e protozoários, fungos e algas e cracas e baleias são exemplos de relações simbióticas. A seguir aprofundaremos o tema com mais detalhes.

O conceito foi utilizado pela primeira vez no século XIX pelo micologista alemão Anton De Bary (1879) como sendo diferentes espécies que vivem juntas com, pelo menos, uma espécie sendo beneficiada.

Com o passar do tempo o termo foi ampliado e passou a se referir a qualquer relação próxima e prolongada entre dois organismos de espécies diferentes, abrangendo relações ecológicas harmônicas (sem prejuízo para os envolvidos) quanto desarmônicas (quando um dos organismos é prejudicado).

Tipos de simbiose

A simbiose pode ser dividida em diferentes tipos, dependendo dos efeitos que ela provoca nos organismos envolvidos:

1. Mutualismo

É uma relação em que ambos os organismos se beneficiam. Pode ser tão importante que as espécies não sobrevivem sem essa interação (mutualismo obrigatório) ou apenas se favorecem dela (mutualismo facultativo).

Exemplo: Cupins e protozoários do seu intestino: os protozoários digerem a celulose da madeira que os cupins comem, e em troca recebem abrigo e alimento.

2. Comensalismo

Nesse caso, um organismo se beneficia, enquanto o outro não é prejudicado nem beneficiado.

Exemplo: Peixes-piloto e tubarões: os peixes-piloto se alimentam dos restos de comida deixados pelos tubarões, sem causar danos a eles.

3. Parasitismo

Aqui, um organismo (parasita) se beneficia, enquanto o outro (hospedeiro) é prejudicado. Muitas vezes, o parasita depende do hospedeiro para sobreviver, mas causa danos que podem ser leves ou fatais.

Exemplo: Carrapatos em cães: os carrapatos se alimentam do sangue dos cães, podendo transmitir doenças e enfraquecê-los.

4. Inquilinismo

É uma relação em que um organismo vive dentro ou sobre o outro, apenas buscando abrigo, sem causar dano.

Exemplo: Orquídeas que vivem sobre árvores: elas usam os galhos apenas como suporte para alcançar luz, sem retirar nutrientes da árvore.

5. Forésia

Neste tipo de relação, um organismo usa o outro apenas como meio de transporte, sem causar dano nem trazer benefício direto ao hospedeiro.

Exemplo: Carrapichos que grudam no pelo de animais para serem levados a outros locais, onde poderão germinar.

6. Amensalismo

É uma interação em que um organismo é prejudicado, enquanto o outro não é afetado.

Exemplo: Fungos do gênero Penicillium liberam substâncias que matam bactérias ao seu redor, mas eles próprios não se beneficiam diretamente disso. Esse fenômeno foi a base para a criação da penicilina.

Importância da simbiose na natureza

Nos ecossistemas são encontradas diversas populações de seres vivos em constante interação. Neste sentido, as relações simbióticas são muito importantes para o funcionamento, manutenção e equilíbrio de muitas espécies no ambiente.

Relações simbióticas positivas, como o mutualismo, podem favorecer a obtenção de alimento, abrigo, proteção ou reprodução. Um exemplo clássico é o das bactérias do intestino humano, que ajudam na digestão e produção de vitaminas, beneficiando-se ao mesmo tempo do ambiente estável e nutritivo do intestino.

Mesmo quando trazem prejuízo para uma das espécies, a simbiose também pode ser muito positiva, permitindo o controle do crescimento excessivo de uma população a partir de doenças, como acontece no parasitismo.

Por outro lado, quando se desequilibram, as relações simbióticas também podem causar afetar populações inteiras, levando a uma diminuição populacional alarmante.

A simbiose, portanto, é uma engrenagem importante na teia da vida: ajuda a manter o equilíbrio, mas também pode desestabilizar um ecossistema quando ocorre de forma descontrolada.

Continue a estudar:

Referências Bibliográficas

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna: volume único. São Paulo: Moderna, 2006. 839 p.

QUESADO, L. B. Interações ecológicas nos livros didáticos do ensino médio. Rio de Janeiro, 2009. xiii, 100 f. Projeto final (Licenciatura em Ciências Biológicas) – Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 434 p.