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Pampa: características biológicas da fauna e flora do bioma

Os pampas formam um bioma que se caracteriza por apresentar grandes áreas de campos naturais, localizados no sul do Brasil, mais precisamente no estado do Rio Grande do Sul. Além do sul do Brasil, os pampas se estendem até regiões de Argentina e Uruguai.

O clima é subtropical úmido, marcado por verões quentes e invernos com baixas temperaturas. O clima predominante é o subtropical úmido, com verões quentes, invernos frios e o regime de chuvas bem distribuído ao longo do ano.

Quanto ao relevo, predominam planícies e coxilhas (colinas suaves), os solos apresentam grande fertilidade e favorecem o crescimentos de vegetação rasteira, do tipo gramíneas, ervas e arbustos. Os pampas apresentam poucas árvores.

A diversidade de plantas e animais possuem adaptações às condições de campo aberto, como espécies de herbívoros que se alimentam da vegetação rasteira, predadores que dependem da camuflagem para caçar, e aves que aproveitam o espaço amplo para voar longas distâncias.

1. Tipos de ecossistemas mais comuns dos pampas

Dentro do bioma Pampa, encontramos diferentes ecossistemas:

  • Campos limpos: áreas dominadas quase exclusivamente por gramíneas, importantes para espécies herbívoras.
  • Campos sujos: onde, além das gramíneas, há presença de pequenos arbustos e ervas.
  • Áreas úmidas (banhados e várzeas): fundamentais para aves aquáticas, peixes e anfíbios.
  • Matas de galeria (ou matas ciliares): florestas estreitas que acompanham os rios, abrigando maior diversidade de plantas e animais.

2. Diversidade vegetal

A vegetação dos pampas é composta por mais de 3 mil espécies de plantas, com destaque para:

  • Gramíneas (Poaceae): predominantes, como capim-forquilha e capim-mimoso. Elas possuem raízes profundas que ajudam na absorção de água e na resistência ao pisoteio de animais.
  • Leguminosas (Fabaceae): fixam nitrogênio no solo, ajudando na fertilidade e sustentando o ecossistema.
  • Arbustos e pequenas árvores: embora menos frequentes, surgem em áreas de transição ou perto de cursos d’água.

Adaptações vegetais

  • Estruturas resistentes ao fogo natural e ao pastejo animal.
  • Capacidade de rebrotar rapidamente após cortes ou queimadas.
  • Crescimento rasteiro, que diminui a perda de água e protege contra ventos fortes.

3. Diversidade animal

Os pampas abrigam uma fauna adaptada às áreas abertas:

  • Mamíferos: como o veado-campeiro, que possui visão aguçada para detectar predadores à distância, e o gato-do-mato-pequeno, que utiliza a vegetação rasteira para se camuflar.
  • Aves: grande destaque, incluindo espécies como o joão-de-barro, que constrói ninhos de barro resistentes, e o carcará, ave de rapina oportunista que se alimenta de presas variadas.
  • Répteis e anfíbios: como lagartos que se aquecem ao sol e sapos que aproveitam os banhados.
  • Insetos: polinizadores (abelhas e borboletas) e decompositores, fundamentais para o equilíbrio ecológico.

Adaptações animais

  • Herbívoros desenvolvem dentes e mandíbulas fortes para cortar gramíneas duras.
  • Predadores contam com camuflagem, agilidade ou voo para caçar em campo aberto.
  • Aves migratórias utilizam o bioma como ponto estratégico de descanso e alimentação.

4. Relações entre espécies nos pampas

Nos ecossistemas do Pampa, diferentes relações ecológicas garantem o equilíbrio:

  • Predação: carnívoros como o graxaim-do-campo caçam pequenos roedores e aves.
  • Competição: herbívoros disputam áreas de pastagem, especialmente em épocas secas.
  • Polinização: insetos como abelhas e besouros ajudam na reprodução das flores campestres.
  • Mutualismo: algumas leguminosas associam-se a bactérias fixadoras de nitrogênio, enriquecendo o solo para outras plantas.
  • Parasitismo: carrapatos em mamíferos selvagens ou domésticos.

Essas relações sustentam a teia alimentar e mantêm o equilíbrio dos ecossistemas campestres.

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Referências Bibliográficas

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna: volume único. São Paulo: Moderna, 2006. 839 p.

COUTINHO, L. M. Biomas brasileiros. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 160 p.