Exercícios sobre as pteridófitas (com gabarito)

As pteridófitas, como as samambaias e avencas, são plantas vasculares que não produzem sementes, mas possuem importantes adaptações à vida terrestre. Com um ciclo reprodutivo dependente da água e estruturas como rizomas e soros, elas desempenham papel relevante em ecossistemas úmidos e sombreados.

Teste seus conhecimentos sobre as características, reprodução e importância ecológica das pteridófitas por meio destes exercícios com gabarito comentado. Ideal para reforçar os estudos em Biologia.

Questão 1

Em determinadas regiões tropicais e subtropicais do Brasil, pteridófitas como samambaias e avencas são usadas como bioindicadores da umidade do ambiente. Esses vegetais são facilmente encontrados em matas fechadas, próximos a corpos d’água ou em locais sombreados. Essa associação com a umidade está relacionada a uma característica importante do grupo.

Essa característica diz respeito à

a) ausência de estruturas de sustentação adaptadas ao crescimento em locais abertos e secos.

b) necessidade de presença de água no ambiente para que ocorra a fecundação durante o ciclo reprodutivo.

c) baixa capacidade de absorção de água devido à ausência de tecidos especializados de condução.

d) forma reduzida das folhas, que limita a transpiração e a perda de água.

e) presença de sementes que germinam apenas em ambientes encharcados.

Gabarito explicado

Gabarito: b)
Explicação: As pteridófitas apresentam dependência da água para a fecundação, pois seus gametas masculinos (anterozoides) são flagelados e precisam nadar até os gametas femininos. Essa característica as limita a ambientes úmidos.

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Questão 2

Em um estudo de recuperação ambiental de áreas degradadas, foi observada a presença de pteridófitas colonizando o solo em estágios iniciais de sucessão ecológica. A presença dessas plantas, mesmo sem sementes, indica sua eficiência em certos aspectos adaptativos.

Essa eficiência pode ser atribuída principalmente

a) à formação de estruturas florais especializadas na dispersão de gametas e ambientes com baixa humidade.

b) à alternância de gerações reprodutiva com gametófito permanente.

c) à presença de raízes profundas com elevada taxa de absorção de nutrientes.

d) ao desenvolvimento de vasos condutores que permitem a colonização de áreas terrestres.

e) à dependência exclusiva de esporos para a reprodução e a independência total da água para reprodução.

Gabarito explicado

Gabarito: d)
Explicação: Pteridófitas possuem vasos condutores (xilema e floema), o que lhes confere maior eficiência na condução de água e nutrientes, permitindo sua adaptação a ambientes terrestres e colonização de áreas abertas em recuperação.

Questão 3

Ao longo da evolução do reino Plantae, diversos grupos vegetais desenvolveram estratégias adaptativas para viver fora da água. As pteridófitas representam um marco nessa trajetória por apresentarem uma novidade importante em relação às briófitas.

Essa inovação está relacionada à

a) formação de sementes para a proteção dos embriões.

b) produção de flores com estruturas especializadas na polinização.

c) presença de esporos com proteção contra a dessecação.

d) dominância do esporófito, fase duradoura e independente do ciclo reprodutivo.

e) capacidade de realizar reprodução assexuada em ambientes áridos.

Gabarito explicado

Gabarito: d)

Explicação: As pteridófitas apresentam o esporófito como fase dominante, ao contrário das briófitas, nas quais o gametófito é dominante. Essa mudança representa uma vantagem adaptativa em ambientes terrestres.

Questão 4

O uso de samambaias ornamentais em ambientes internos tem se popularizado devido à sua aparência e à exigência moderada de cuidados. No entanto, esses vegetais apresentam uma característica reprodutiva que pode limitar sua reprodução em locais fechados e secos.

Essa limitação decorre da

a) dependência da polinização cruzada realizada por insetos específicos.

b) ausência de esporos viáveis em ambientes com iluminação artificial.

c) necessidade de vasos condutores para o transporte de gametas.

d) presença de soros foliares que só se desenvolvem em ambientes abertos.

e) exigência de água no meio externo para que ocorra a fecundação.

Gabarito explicado

Gabarito: e)
Explicação: As pteridófitas precisam de água no ambiente para que ocorra a fecundação, pois os gametas masculinos nadam até o arquegônio. Em ambientes secos ou fechados, essa etapa é comprometida

Questão 5

Durante um levantamento da vegetação em uma área de floresta úmida, uma equipe de biólogos identificou a presença de plantas com rizomas subterrâneos, folhas grandes e soros visíveis na face inferior das folhas. Esses dados apontam para a presença de um grupo vegetal que, embora não produza sementes, participa ativamente da ciclagem de nutrientes no ecossistema.

O grupo vegetal identificado pelos biólogos é formado por

a) pteridófitas, que possuem esporos como forma de reprodução e rizomas como estrutura de fixação e armazenamento.

b) briófitas, que desenvolvem estruturas reprodutivas dentro de flores hermafroditas.

c) gimnospermas, que possuem folhas pequenas e sementes expostas que se dispersam pelo vento.

d) angiospermas, caracterizadas pela presença de frutos e sementes protegendo o embrião.

e) líquens, que são associações simbióticas entre fungos e algas.

Gabarito explicado

Gabarito: a)
Explicação: As características descritas – presença de rizomas, folhas com soros e reprodução por esporos – são típicas das pteridófitas. Esses vegetais não produzem sementes, mas desempenham papel ecológico importante.

Questão 6

Em regiões com alto índice de desmatamento, é comum a perda de espécies de plantas que dependem de condições específicas de umidade e sombra. Pteridófitas estão entre as primeiras a desaparecer nesses contextos. Essa sensibilidade ambiental está ligada à sua fisiologia e à forma como se reproduzem.

A principal justificativa para essa vulnerabilidade é

a) a ausência de pigmentos fotossintetizantes adaptados à luz direta.

b) a dominância do gametófito, fase sensível à radiação solar.

c) a exigência de ambientes úmidos para que a fecundação ocorra e o ciclo se complete.

d) a presença de sementes que não germinam sob temperaturas elevadas.

e) a formação de vasos condutores frágeis e pouco eficientes.

Gabarito explicado

Gabarito: c)
Explicação: A reprodução das pteridófitas depende da presença de água no ambiente. A fragmentação do habitat e o desmatamento reduzem a umidade local, prejudicando a fecundação e o desenvolvimento da planta.

Questão 7

A introdução de espécies exóticas em ecossistemas pode ameaçar grupos vegetais nativos, inclusive pteridófitas, por competição por recursos como luz, espaço e água. Além disso, mudanças no microclima, como a diminuição da umidade relativa do ar, afetam diretamente o ciclo reprodutivo dessas plantas.

Essa relação entre alterações ambientais e reprodução das pteridófitas se dá porque

a) as flores dessas plantas não são polinizadas por insetos em ambientes alterados.

b) os rizomas subterrâneos tornam-se inativos em solos com menor matéria orgânica.

c) a produção de esporos depende da presença de sementes viáveis no solo.

d) a dominância do gametófito impede a produção de estruturas reprodutivas resistentes.

e) os gametas masculinos necessitam da presença de água para alcançar os gametas femininos e possibilitar a fecundação.

Gabarito explicado

Gabarito: e)
Explicação: A reprodução das pteridófitas exige água para que os gametas masculinos flagelados se desloquem até os femininos. Alterações que reduzem a umidade afetam essa etapa do ciclo reprodutivo.

Para estudar mais: Pteridófitas: o que são e características (com exemplos)

Para continuar praticando:

Exercício sobre briófitas (com respostas explicadas)

Exercícios sobre Reino Plantae (com gabarito comentado)

Referências Bibliográficas

ACCORDI, I. A. Biologia para o ENEM: 761 questões de todos os ENEM (1998 a 2023) com gabarito. 1. ed. Curitiba: Bagai; Bento Gonçalves: IFRS, 2024. 517 p.

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna: volume único. São Paulo: Moderna, 2006. 839 p.

ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 434 p.