Exercícios sobre a segunda revolução industrial (com respostas explicadas)
Confira a lista com 7 exercícios feitos no modelo ENEM sobre a Segunda Revolução Industrial. Os exercícios abordam aspectos sobre o período em que ocorreu, transformações sociais e econômicas, além de características essenciais deste período e outros assuntos sobre o tema.
Lembre-se de conferir o gabarito e a explicação ao final de cada exercício.
Exercício 1
A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o nascimento do proletariado, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização intensificou-se, recriando uma paisagem social muito distinta da que antes existia.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
A Revolução Industrial iniciada no século XVIII provocou grandes transformações nos espaços urbanos europeus. A intensificação do processo de urbanização, a partir da Segunda Revolução, aliada à formação e ampliação do proletariado, criou novas configurações sociais e espaciais.
Com base nessas informações e no texto, o processo descrito está relacionado:
A) ao êxodo urbano provocado pela mecanização agrícola nas cidades.
B) ao crescimento das cidades industriais e à consolidação de uma nova classe trabalhadora.
C) à descentralização produtiva característica da globalização.
D) ao surgimento de zonas industriais nos países subdesenvolvidos.
E) ao fim da luta de classes com o aumento da mobilidade social.
Gabarito: B) ao crescimento das cidades industriais e à consolidação de uma nova classe trabalhadora.
Explicação:
O texto relaciona o crescimento urbano e a formação da classe operária com a Primeira e Segunda Revolução Industrial.
Exercício 2
A Segunda Revolução Industrial, no final do século XIX e início do século XX, nos EUA, período em que a eletricidade passou gradativamente a fazer parte do cotidiano das cidades e a alimentar os motores das fábricas, caracterizou-se pela administração científica do trabalho e pela produção em série.
MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psicodinâmica do trabalho e da sociologia do trabalho. Psicologia e Sociedade, n. 1, abr. 2007.
Durante a Segunda Revolução Industrial, novas fontes de energia e novos métodos de produção foram incorporados ao processo industrial, mudando profundamente a organização do trabalho e da produção.
Com base no texto, uma das principais características desse período foi:
A) a produção em série baseada na eletrificação e na racionalização do trabalho.
B) o uso exclusivo do carvão mineral como fonte de energia.
C) a valorização do trabalho artesanal no campo.
D) o retorno ao modelo de manufatura das corporações de ofício.
E) a substituição completa do trabalho humano por robôs autônomos.
Gabarito: A) a produção em série baseada na eletrificação e na racionalização do trabalho.
Explicação:
O autor destaca a eletricidade e a produção em série como marcas da Segunda Revolução. Esta nova matriz energética foi responsável pelo avanço da indústria na Europa e no resto do planeta.
Exercício 3
Tendo se livrado do entulho do maquinário volumoso e das enormes equipes de fábrica, o capital viaja leve, apenas com a bagagem de mão, pasta, computador portátil e telefone celular. O novo atributo da volatilidade fez de todo compromisso, especialmente do compromisso estável, algo ao mesmo tempo redundante e pouco inteligente: seu estabelecimento paralisaria o movimento e fugiria da desejada competitividade, reduzindo a priori as opções que poderiam levar ao aumento da produtividade.
BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
A modernidade líquida, como discutida por Bauman, representa um estágio do capitalismo em que a mobilidade do capital e a efemeridade dos vínculos se intensificam.
A principal diferença entre esse estágio e o observado na Segunda Revolução Industrial é:
A) a substituição da produção em série pelo artesanato familiar.
B) a eliminação das fronteiras nacionais em favor do protecionismo industrial.
C) a desmaterialização das estruturas fixas de produção em favor da flexibilidade e inovação constante.
D) a ampliação do modelo de grandes fábricas estatais com controle vertical.
E) a centralização do capital nos meios rurais e agrários.
Gabarito: C) a desmaterialização das estruturas fixas de produção em favor da flexibilidade e inovação constante.
Explicação:
O texto evidencia uma das principais ideias de Bauman, que aborda a transição da rigidez industrial para a fluidez e mobilidade do capital moderno.
Exercício 4
Se vamos ter mais tempo de lazer no futuro automatizado, o problema não é como as pessoas vão consumir essas unidades adicionais de tempo de lazer, mas que capacidade para a experiência terão as pessoas com esse tempo livre. Mas se a notação útil do emprego do tempo se torna menos compulsiva, as pessoas talvez tenham de reaprender algumas das artes de viver que foram perdidas na Revolução Industrial: como preencher os interstícios de seu dia com relações sociais e pessoais; como derrubar mais uma vez as barreiras entre o trabalho e a vida.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).
Thompson reflete sobre os impactos sociais da automatização e o uso do tempo livre, considerando as transformações advindas desde a Revolução Industrial.
Com base nisso, é correto afirmar que:
A) o tempo livre foi sempre uma característica valorizada pelas indústrias desde a Primeira Revolução.
B) a automatização levou à extinção das relações sociais tradicionais no ambiente urbano.
C) a sociedade industrial reforçou a separação entre tempo de lazer e tempo de trabalho, reduzindo o tempo livre.
D) a automatização potencializou o tempo livre, exigindo uma ressignificação das relações sociais.
E) o aumento do lazer levou à redução dos conflitos sociais no início da industrialização.
Gabarito: D) a automatização potencializou o tempo livre, exigindo uma ressignificação das relações sociais.
Explicação:
A questão analisa o impacto da automatização no tempo livre e nas relações sociais por um viés crítico.
Exercício 5
Os principais distúrbios começaram em Nottingham, em 1811. Uma grande manifestação de malharistas, gritando por trabalho e por um preço mais liberal, foi dissolvida pelo exército. Naquela noite, sessenta armações de malha foram destruídas na grande vila de Arnold por amotinados que não tomaram nenhuma precaução em se disfarçar e foram aplaudidos pela multidão.
THOMPSON, E.P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987 (fragmento).
No texto, Thompson descreve os protestos ocorridos na Inglaterra contra as transformações provocadas pela mecanização.
Esses movimentos sociais revelam:
A) a aceitação pacífica dos novos métodos industriais pelos trabalhadores.
B) a ação estatal no incentivo ao ludismo como forma de resistência planejada.
C) a ausência de apoio popular aos protestos contra as máquinas.
D) a insatisfação dos trabalhadores com a substituição de mão de obra humana por máquinas.
E) a imediata inserção dos trabalhadores nos lucros empresariais.
Gabarito: D) a insatisfação dos trabalhadores com a substituição de mão de obra humana por máquinas.
Explicação:
A intenção do autor é mostrar como os trabalhadores protestaram contra a substituição por máquinas.
Exercício 6
Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação do campo com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou à liberação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et ai (Orgs.) O Século XX, v. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).
Os cercamentos ocorridos na Inglaterra representaram uma transformação econômica e territorial que contribuiu para a formação do capitalismo industrial.
Nesse contexto, os cercamentos:
A) incentivaram o retorno das comunidades camponesas às práticas feudais.
B) promoveram a expansão do modo de produção comunal nas zonas urbanas.
C) impediram a especialização na produção agroexportadora.
D) concentraram a população rural nas pequenas propriedades agrícolas.
E) deslocaram massas camponesas para as cidades, formando a base do proletariado urbano.
Gabarito: E) deslocaram massas camponesas para as cidades, formando a base do proletariado urbano.
Explicação:
A alternativa correta explica como os cercamentos impulsionaram o êxodo rural e a formação do proletariado.
Exercício 7
Muitas invenções e descobertas dessa fase foram fruto de pesquisas científicas sistemáticas realizadas em laboratórios de universidades ou de indústrias. Os empresários passaram a investir no trabalho dos cientistas, buscando inventos que gerassem lucros. A indústria química, por exemplo, beneficiou-se dessa aproximação, o que resultou na produção de fibras sintéticas, inseticidas, celuloide [...], borracha vulcanizada [...], corantes artificiais, adubos, explosivos [...], entre outros.
DOMINGUES, Joelza Esther. História em Documento. Imagem e texto. 8. 2ªed. São Paulo: FTD, 2013. p.192.
No texto, destaca-se a relação entre ciência e produção industrial na Segunda Revolução Industrial, sobretudo no campo da indústria química.
Essa nova relação entre ciência e indústria teve como uma de suas consequências:
A) o fortalecimento das universidades como centros de pesquisa aplicada e o surgimento de novos setores industriais.
B) o abandono dos investimentos em pesquisa em prol da produção artesanal.
C) a substituição das máquinas elétricas pelas movidas a vapor.
D) a limitação do desenvolvimento tecnológico aos países não industrializados.
E) a ruptura entre o setor produtivo e o meio acadêmico.
Gabarito: A) o fortalecimento das universidades como centros de pesquisa aplicada e o surgimento de novos setores industriais.
Explicação:
O texto aponta a importância da ciência e da tecnologia na diversificação industrial, fator observado desde o início da Revolução Industrial até os dias atuais.
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MARQUES, Vinícius. Exercícios sobre a segunda revolução industrial (com respostas explicadas). Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/exercicios-sobre-a-segunda-revolucao-industrial-com-respostas-explicadas/. Acesso em: