Exercícios sobre a anatomia vegetal (com gabarito)

A anatomia vegetal é essencial para entender como as plantas se desenvolvem, se adaptam e interagem com o ambiente. Neste conteúdo, você encontrará uma série de exercícios sobre esse tema, acompanhados de gabarito comentado, que vão ajudar a fixar os principais conceitos e preparar você para provas como o Enem e vestibulares.

Questão 1

Em regiões de reflorestamento e conservação ambiental, é comum a utilização de espécies nativas adaptadas a solos pobres, com risco de erosão e baixa retenção de água. Essas plantas devem apresentar estruturas que favoreçam o aproveitamento dos recursos disponíveis no solo, especialmente nas camadas mais profundas, garantindo maior estabilidade ecológica e sustentação da vegetação local.

Considerando a anatomia vegetal, uma adaptação estrutural que contribui para esse desempenho está relacionada à:

a) presença de vasos colaterais no xilema secundário, o que aumenta a condução de seiva bruta nas camadas externas do solo.

b) alongamento da zona de maturação, que apresenta grande quantidade de pelos absorventes, maximizando a absorção hídrica em profundidade.

c) diferenciação do floema primário na coifa, facilitando o transporte de seiva elaborada para as folhas.

d) presença de parênquima paliçádico no córtex da raiz, responsável pela sustentação e fotossíntese local.

e) desenvolvimento de rizóforos que aumentam a fotossíntese radicular em locais sombreados.

Gabarito explicado

Gabarito: b)
Explicação: A zona de maturação é a região da raiz onde se formam os pelos absorventes, que aumentam a superfície de absorção de água e sais minerais. Essa característica é fundamental para a eficiência da planta em solos profundos e pobres em nutrientes, comuns em áreas de recuperação ambiental.

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Questão 2

Plantas que habitam ambientes desérticos ou de baixa disponibilidade hídrica enfrentam desafios extremos para manter suas funções vitais. Em resposta a essas condições, muitas desenvolveram adaptações anatômicas que vão além da simples resistência à seca, como a modificação de estruturas que garantem armazenamento eficiente de água e controle da perda hídrica.

Com base nesses conhecimentos, é correto afirmar que a sobrevivência dessas plantas é favorecida pela:

a) especialização dos vasos do floema em realizar a fotossíntese com maior eficiência.

b) substituição completa da epiderme por cutícula cerosa, eliminando qualquer troca gasosa.

c) formação de gemas subterrâneas que atuam como estruturas de suporte em caso de falta de luz.

d) presença de parênquima aquífero no caule, que permite o armazenamento de grandes quantidades de água.

e) substituição do xilema por tecidos mortos que reduzem a perda hídrica.

Gabarito explicado

Gabarito: d)
Explicação: O parênquima aquífero é um tecido vegetal adaptativo presente no caule de plantas xerófitas, como os cactos, que permite o armazenamento de água durante períodos secos. Essa adaptação estrutural é crucial para a sobrevivência em climas áridos.

Questão 3

Na escolha de espécies vegetais para reflorestamentos e projetos de recuperação de áreas degradadas, é importante considerar suas características anatômicas, que influenciam diretamente a fixação no solo, a absorção de nutrientes e a interação com outros organismos do ecossistema. Monocotiledôneas e dicotiledôneas apresentam diferenças marcantes na organização interna de raízes, caules e folhas, o que afeta sua adequação a determinados ambientes.

Considerando essas diferenças estruturais, é correto afirmar que:

a) as dicotiledôneas possuem raízes fasciculadas que favorecem maior fixação no solo.

b) monocotiledôneas têm anéis de crescimento visíveis devido à presença de câmbio vascular.

c) o caule das dicotiledôneas é sempre subterrâneo e reserva nutrientes na forma de amido.

d) o sistema radicular pivotante das dicotiledôneas proporciona maior ancoragem e absorção em profundidade.

e) as monocotiledôneas apresentam folhas com nervuras reticuladas que auxiliam na evapotranspiração.

Gabarito explicado

Gabarito: d)
Explicação: As raízes pivotantes, típicas das dicotiledôneas, são caracterizadas por uma raiz principal longa e profunda, que proporciona maior fixação e absorção de recursos em profundidade. Isso favorece sua utilização em solos suscetíveis à erosão ou com baixa fertilidade nas camadas superficiais.

Questão 4

Com o avanço da urbanização e a consequente compactação do solo, muitas espécies vegetais enfrentam dificuldades de crescimento devido à menor infiltração de água e à limitação da penetração radicular. No entanto, certas plantas desenvolveram modificações estruturais em suas raízes que favorecem a sobrevivência mesmo em solos menos estáveis ou encharcados, sendo, portanto, úteis em projetos paisagísticos e de recuperação ambiental.

Um exemplo dessas adaptações estruturais pode ser observado nas:

a) raízes fasciculadas das gramíneas, que armazenam clorofila para facilitar o crescimento em sombra.

b) raízes aéreas de orquídeas, que se inserem no solo para promover melhor fixação.

c) raízes napiformes de cenoura, que promovem a fotossíntese no interior do solo.

d) raízes tuberosas do feijão, que armazenam grande quantidade de pigmentos fotossintetizantes.

e) raízes escoras do milho, que surgem do caule e ajudam na sustentação em solos instáveis.

Gabarito explicado

Gabarito: e)
Explicação: As raízes escoras são um tipo de raiz adventícia que se desenvolve a partir do caule, especialmente em plantas como o milho. Elas ajudam na sustentação em solos instáveis ou sujeitos a alagamentos, sendo importantes para o equilíbrio mecânico da planta.

Questão 5

Espécies vegetais utilizadas em paisagismo urbano são muitas vezes escolhidas com base em sua resistência a condições ambientais adversas, como alta insolação, baixa umidade e poluição atmosférica. As folhas dessas plantas, ao longo da evolução, desenvolveram estruturas anatômicas específicas que as tornam mais eficientes na retenção de água e na proteção contra perdas excessivas por evaporação.

Entre essas estruturas, destacam-se:

a) epiderme espessa, cutícula grossa e menor número de estômatos, reduzindo a perda de água.

b) tecidos fotossintetizantes reduzidos, o que aumenta a economia de energia em períodos secos.

c) parênquima aquífero em todas as camadas, otimizando a perda hídrica por evaporação.

d) ausência de nervuras centrais, facilitando a evaporação direta para o ambiente.

e) grande quantidade de tricomas glandulares, responsáveis por absorver água do ar.

Gabarito explicado

Gabarito: a)
Explicação: Folhas coriáceas com epiderme espessa e cutícula bem desenvolvida são adaptações que reduzem a perda de água por transpiração. O número reduzido de estômatos também contribui para essa economia hídrica, favorecendo a sobrevivência da planta em ambientes secos e ensolarados.

Questão 6

O crescimento vegetal é resultado da atividade de tecidos especializados, denominados meristemas, que possuem células com alta capacidade de divisão. A localização e a função desses tecidos são determinantes para a forma e o desenvolvimento da planta. Entender o papel dos meristemas é essencial para compreender como as plantas se adaptam a diferentes ambientes ao longo de seu crescimento.

Com base nessas informações, pode-se afirmar que os meristemas apicais:

a) originam exclusivamente os vasos condutores secundários e estruturas florais.

b) localizam-se apenas nas raízes, sendo responsáveis pela emissão de folhas e gemas laterais.

c) promovem o crescimento longitudinal das plantas, estando presentes em raízes e caules.

d) são tecidos mortos que mantêm as funções de sustentação e transporte de seiva.

e) formam o parênquima de preenchimento no interior dos órgãos reprodutivos.

Gabarito explicado

Gabarito: c)
Explicação: Os meristemas apicais estão localizados nas extremidades de caules e raízes, promovendo o crescimento primário das plantas. Sua atividade é fundamental para o alongamento do corpo vegetal e para a formação de novas estruturas durante o desenvolvimento.

Questão 7

As flores são estruturas reprodutivas das angiospermas que, além de garantirem a perpetuação da espécie, desempenham importante papel na manutenção da biodiversidade ao atrair polinizadores. A organização interna das flores segue um padrão de peças florais dispostas em verticilos, que podem variar entre as espécies conforme suas estratégias reprodutivas e adaptativas.

Com relação à anatomia floral, é correto afirmar que:

a) estames e estigmas são estruturas exclusivamente femininas presentes no gineceu floral.

b) sépalas e pétalas fazem parte do sistema condutor de seiva e localizam-se no interior do ovário.

c) o gineceu é formado por estames férteis e estéreis que se conectam ao tubo polínico.

d) os estames, localizados no gineceu, são responsáveis por atrair polinizadores por meio de néctar.

e) o gineceu constitui a porção feminina da flor e é formado por estigma, estilete e ovário.

Gabarito explicado

Gabarito: e)
Explicação: O gineceu representa o conjunto das estruturas femininas da flor: estigma (onde o pólen é depositado), estilete (canal de passagem do tubo polínico) e ovário (que abriga os óvulos). É distinto do androceu, que é o conjunto das estruturas masculinas (estames).

Continue praticando com exercícios sobre fisiologia vegetal (com gabarito) e exercícios sobre Reino Plantae (com gabarito comentado).

Leia também: Partes da Planta

Referências Bibliográficas

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna: volume único. São Paulo: Moderna, 2006. 839 p.

LORENZI, H. Introdução à botânica: morfologia. Nova Odessa: Instituto Plantarum, [s.d.]. 300 p

ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 434 p.