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Economia da região Centro-Oeste

A economia da região Centro-Oeste é baseada no agronegócio.

A região vem aumentando sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, estabelecendo-se como um dos principais vetores de crescimento econômico do país.

A região Centro-Oeste é formada pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Histórico econômico da região Centro-Oeste

Entre as décadas de 1950 e 1960, o Centro-Oeste transformou a sua importância econômica para o país. Dentre essas mudanças, a transferência da capital para Brasília e a política de interiorização do governo Juscelino Kubistchek incentivaram a migração e expandiram a fronteira agrícola. Políticas como o Proálcool (Programa Nacional do Álcool) também favoreceram o desenvolvimento rural.

Na década de 1970 o Centro-Oeste passou a ser integrado à fronteira agrícola nacional. Muitos migrantes saíram do Sul e Sudeste para trabalhar na região, levando novas técnicas agrícolas.

Neste período ocorreu a Revolução Verde, que levou novas tecnologias para o campo. Dentre elas: correção do solo, mecanização do campo, sementes geneticamente modificadas, etc.. Isso permitiu a expansão da produção de gêneros como a soja, o milho e a cana-de-açúcar.

A partir dos anos 2000 a região se consolidou como a principal produtora de grãos e carne do Brasil. Nos últimos anos houve também o crescimento dos setores industriais, imobiliários e financeiros, dentre outros. Além disso, investimentos em infraestrutura também ampliaram a conexão da região de forma nacional e internacional.

Atividades econômicas e produtos

O Centro-Oeste é conhecido por ser o "celeiro" do país, pois produz metade dos grãos de toda produção nacional. Os principais grãos produzidos na região são soja, milho e feijão. Destaque também para a produção de cana-de-açúcar e etanol, além de energia elétrica a partir de biomassa.

A região possui grandes extensões de terra e pastagens, ideais para criação de gado em larga escala. A região é a maior produtora de carne bovina do Brasil e o Mato Grosso é o estado líder em número de rebanho. A indústria frigorífica é bastante desenvolvida em todos os estados, exportando carne para o mercado nacional e internacional.

O agronegócio responde por aproximadamente 10% do PIB nacional. Além de impulsionar o crescimento externo brasileiro, o setor também ajuda no crescimento interno, ao mobilizar o consumo da própria população. O agronegócio também gera empregos e estimula outras atividades econômicas.

Nesse sentido, além da agropecuária, os seguintes setores também estão em crescimento:

  • Farmacêutico.
  • Imobiliário.
  • Serviços.
  • Automotivo (empresas como Mitsubishi, Hyundai e CAOA).
  • Alimentício.
  • Celulose (empresas como Suzano e Bracell).
  • Têxtil.

Mapa elucidativo com os estados da região Centro-Oeste e suas respectivas produções e atividades.

Eixo estratégico da economia

Ao longo dos anos, a economia do Centro-Oeste evoluiu de uma base agropecuária tradicional para um modelo progressista e competitivo. Ainda que sua base continue sendo o agronegócio, esse setor segue em processo de diversificação e modernização.

O desempenho econômico do Centro-Oeste tem impacto significativo no abastecimento interno, garantindo boa parte da segurança alimentar do Brasil. Além disso, grande parte da produção agropecuária vai para exportação em países como China, Estados Unidos e a União Europeia.

O crescimento e a diversificação econômica do Centro-Oeste incentivam investimentos em infraestrutura, como rodovias, ferrovias e hidrovias, essenciais para o escoamento da produção. Com melhor infraestrutura, a logística melhora e os custos da produção são reduzidos.

Impactos negativos do agronegócio

Apesar de sua importância econômica para o Brasil, o agronegócio gera impactos ambientais e sociais significativos.

Impactos ambientais do agronegócio

Dentre os principais problemas ambientais gerados pelo agronegócio:

  • Desmatamento: gerado principalmente pelo avanço da fronteira agrícola.
  • Uso de agrotóxicos: utilização desmedida de defensivos químicos que poluem o solo e a água;
  • Degradação do solo e da água: ocorre por práticas agrícolas irregulares e excesso de agrotóxicos.
  • Emissão de gases estufa: a queima da vegetação para pastagem e a criação de gado são grandes emissores de gases estufa.

Impactos sociais do agronegócio

  • Concentração fundiária: grandes projetos agrícolas pressionam pequenos agricultores e geram conflitos por terra.
  • Expulsão de pequenos produtores: não conseguem competir com a agricultura mecanizada e moderna dos grandes produtores.
  • Trabalho precário e análogo à escravidão: nem todos os empregos gerados são formais ou disponibilizam condições adequadas ao trabalhados.
  • Impactos nas comunidades menores: pequenos agricultores, indígenas, ribeirinhos e quilombolas são alguns dos grupos mais vulneráveis à expansão do agronegócio.

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Referências Bibliográficas

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO – CONAB. Boletim da safra de grãos. [S.l.], disponível em: https://antigo.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos. Acesso em: 10 jul. 2025.

CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL. Centro‑Oeste lidera crescimento econômico nacional em 2025, com força do agronegócio e consumo. Brasília, 2025. Disponível em: https://brasilcentral.gov.br/centro-oeste-lidera-crescimento-economico-nacional-em-2025-com-forca-do-agronegocio-e-consumo/. Acesso em: 10 jul. 2025.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Em 2022, PIB cresce em 24 unidades da federação. Agência de Notícias, 14 nov. 2024. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/41893-em-2022-pib-cresce-em-24-unidades-da-federacao. Acesso em: 10 jul. 2025.