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Corrida Armamentista

Corrida armamentista ou corrida bélica é a denominação da prática de nações rivais de acumular e melhorar o desempenho e a quantidade de armas em tempos de paz.

Trata-se de um confronto político e ideológico que resulta no incentivo à pesquisa e desenvolvimento de armas, bem como no aperfeiçoamento de táticas militares.

O objetivo da corrida armamentista é a demonstração de poder bélico (poder de guerra) e de superioridade aos demais países.

Guerra Fria

A corrida armamentista também foi uma característica do período denominado Guerra Fria, quando o mundo ficou polarizado entre as políticas dos Estados Unidos e da União Soviética. Ou seja, entre o capitalismo e o socialismo.

Essa última disputa impôs uma nova denominação à prática, que passou a ser chamada também de "corrida nuclear". Isso ocorre pelo ápice do desenvolvimento de armas nucleares, iniciado pelos Estados Unidos.

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Bombas Nucleares

As bombas lançadas sobre às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki impuseram uma nova postura mundial diante da corrida armamentista. Em apenas um dia, 217 mil pessoas morreram nas duas cidades, que ficaram completamente destruídas.

O alcance das armas não estava limitado à área onde ocorriam as batalhas e representava destruição em massa não observada até então.

Às armas de destruição em grande escala estavam adicionadas as biológicas e químicas como resultado de intensas pesquisas sobre os métodos mais eficientes para matar.

Corrida Espacial

Após os Estados Unidos, a Rússia anunciou o investimento em tecnologia de armas nucleares. Os dois países desencadearam, ainda, a atividade que ficou denominada como "corrida espacial". A competição tecnológica resultou na chegada do homem ao espaço.

Na corrida espacial, alguns marcos eram definidos e as nações buscavam atingir essa meta antes primeiro.

A URSS foi o primeiro país a enviar para o espaço um ser vivo, a cadela Laika, posteriormente, o primeiro humano, o cosmonauta Iuri Gagarin. Já os EUA, foram responsáveis pela conquista da Lua com o astronauta Neil Armstrong.

No decorrer da Guerra Fria e após ela, as pesquisas para desenvolvimento do armamento nuclear envolveram também a China, Coreia do Norte, França, Irã, Israel, Índia e Paquistão.

Proibição de Testes Nucleares

O primeiro acordo mundial para a redução de arsenais nucleares (classificadas como termonucleares de alto rendimento na atmosfera) foi assinado em 1996. O documento, denominado Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, passou a vigorar em setembro de 2016.

Até a data da assinatura, 2.060 testes nucleares foram realizados por diversos países. A Coreia do Norte era a única nação a prosseguir com os testes de finalidade bélica até 2016.

Mesmo com a assinatura do tratado de proibição de testes, oito países ainda mantêm ogivas nucleares ativas. São eles: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China e Índia. Os dados são do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo.

O instituto aponta que até o primeiro semestre de 2016, havia 15.395 ogivas nucleares ativas. Do montante, 93% pertencem à Rússia (7.290) e aos Estados Unidos (7 mil).

Outras Corridas Armamentistas na História

Além da Guerra Fria, três grandes corridas armamentistas marcaram a era moderna. A primeira ocorreu quando França e Rússia desafiaram a superioridade naval da Grã-Bretanha. As provocações terminaram em um acordo entre ingleses e franceses em 1904, e ingleses e russos em 1907.

A superioridade naval da Grã-Bretanha também foi desafiada pela Alemanha no início do século XX. Os alemães construíram uma imponente frota naval e a disputa culminou com a Primeira Guerra Mundial, em 1914.

Uma nova disputa foi registrada ao fim da primeira grande guerra, 1918. Dessa vez, entre os Estados Unidos e Japão. O governo japonês, na tentativa de expandir os territórios e a influência na Ásia Oriental, esbarrava em esforço semelhante dos Estados Unidos. Os norte-americanos buscavam também mais apoio político da Inglaterra.

A chegada do combate até o campo de batalha foi evitada pela assinatura, em 1921, do primeiro grande tratado de limitação de uso de armas por Japão e EUA.

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