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Chuva ácida (impacto ambiental)

A chuva ácida é um fenômeno ambiental causado pela presença de poluentes na atmosfera que reagem com o vapor d’água, formando ácidos que alteram as características da chuva.

Esse tipo de chuva é mais ácida que a normal e acaba alterando as características do solo e dos ambientes aquáticos, prejudicando os seres vivos e o equilíbrio dos ecossistemas.

No solo as chuvas ácidas alteram a disponibilidade de nutrientes para as plantas e microrganismos, comprometendo a cadeia alimentar e a produtividade agrícola.

Na água, o aumento da acidez promove mudanças importantes na estrutura das comunidades e a produtividade, alterando de forma considerável estes ecossistemas.

Formação da chuva ácida

A chuva ácida se forma quando gases como óxidos de enxofre (SO₂) e óxidos de nitrogênio (NO2 e NO) são lançados na atmosfera. Esses poluentes reagem com o vapor de água, originando ácidos como o ácido sulfúrico (H₂SO₄) e o ácido nítrico (HNO₃).

Esquema mostrando a formação da chuva ácida.

Dissolvidos nas gotas de chuva, esses compostos reduzem o pH da precipitação, tornando-a corrosiva para ambientes naturais e estruturas construídas pelo ser humano.

Atividades antrópicas que provocam a chuva ácida

As principais atividades humanas que liberam gases poluentes causadores da chuva ácida são:

  • Queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e derivados), principalmente em veículos e indústrias;
  • Usinas termelétricas que utilizam carvão mineral;
  • Processos industriais de metalurgia e fabricação de cimento.

Essas atividades aumentam drasticamente a concentração de SO₂ e NO2 e NO na atmosfera, intensificando o fenômeno.

Consequências da chuva ácida para o solo

A chuva ácida modifica a composição química do solo, lixiviando (carregando) nutrientes como cálcio, magnésio e potássio, essenciais para as plantas. Além disso, aumenta a concentração de metais tóxicos, como alumínio, que prejudicam a absorção de água e nutrientes pelas raízes.

  • Primeiros afetados: os microrganismos decompositores, que perdem condições adequadas para realizar a ciclagem da matéria orgânica.
  • Em seguida: as plantas sofrem com a carência de nutrientes e o envenenamento por metais. Com o crescimento comprometido, tornam-se menos resistentes a pragas e doenças.
  • Por consequência: os animais herbívoros enfrentam escassez de alimento nutritivo, o que afeta, em cadeia, os carnívoros que deles dependem.

No campo agrícola, esse processo reduz a produtividade das lavouras, aumenta os custos com correção de solo e prejudica a segurança alimentar.

Consequências da chuva ácida para ambientes aquáticos

Nos lagos, rios e represas, a chuva ácida altera diretamente o pH da água, tornando-a imprópria para muitas formas de vida. A acidificação também provoca a liberação de metais pesados presentes nos sedimentos, como o alumínio, que se dissolvem e se tornam tóxicos para os organismos aquáticos.

  • Primeiros afetados: o fitoplâncton e os microrganismos aquáticos, que são a base da cadeia alimentar e responsáveis pela produção de oxigênio na água.
  • Em seguida: peixes e anfíbios sofrem com dificuldades respiratórias, má formação de ovos e até mortalidade em massa.
  • Por consequência: aves, mamíferos e seres humanos que dependem desses ambientes para alimentação e abastecimento de água são prejudicados.

Com o tempo, esses ecossistemas podem sofrer redução drástica de biodiversidade, prejudicando tanto a fauna quanto os serviços ambientais que sustentam a vida humana.

Para saber mais sobre esse tema na perspectiva da química, leia Chuva ácida: como ocorre, causas e consequências.

Referências Bibliográficas

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna: volume único. São Paulo: Moderna, 2006. 839 p.

MATOS, A. T. Poluição ambiental: impactos no meio físico. 1. ed. Viçosa: UFV, 2017. 232 p.