🚀 Ferramentas de estudo por menos de R$1/dia

Bioma Amazônia: o que é e características da biodiversidade

A Amazônia é o maior bioma brasileiro e intitulada como a maior floresta tropical do mundo. Estando localizada na região Norte do país, estende-se para outros países da América do Sul, como Peru, Colômbia e Venezuela.

Em sua área predomina o clima equatorial úmido, caracterizado por altas temperaturas o ano todo (média de 26ºC) e alto índice pluviométrico, ultrapassando os 2.000 mm anuais.

Está diretamente ligada à bacia do rio Amazonas, apresentando grande quantidade de rios e igarapés. O relevo apresenta planícies de inundações, planaltos e depressões. O solo é predominantemente argiloso (latossolo) profundo e pouco fértil.

A floresta é do tipo ombrófila, que se caracteriza por árvores de grande porte e bem adaptadas à umidade, formando uma floresta fechada. A vegetação arbustiva e rasteira é praticamente ausente, devido às inundações.

Viver nesse ambiente exige diversas adaptações dos seres vivos. As plantas precisam lidar com solos pobres em nutrientes e com regimes intensos de chuvas e cheias, enquanto os animais desenvolvem estratégias para sobreviver em um ambiente denso, úmido e com grande competição por recursos.

Tipos de ecossistemas mais comuns da Amazônia

  • Floresta de terra firme: ocupa a maior parte da Amazônia e não sofre alagamentos. É caracterizada por árvores altas, formando dossel fechado.
  • Floresta de várzea: áreas periodicamente alagadas pelos rios de água branca (ricos em nutrientes). A vegetação se adapta ao regime de cheias anuais.
  • Floresta de igapó: áreas permanentemente alagadas ou com longos períodos de inundação, associadas a rios de água preta (pobres em nutrientes).
  • Campinaranas: formações vegetais mais abertas, com solo arenoso e ácido, de baixa fertilidade.
  • Áreas de savana amazônica: semelhantes a cerrados e campos, mas inseridas dentro do domínio da floresta.

Diversidade vegetal

A vegetação amazônica é extremamente diversa. Entre os grupos mais comuns estão árvores de grande porte (como a castanheira-do-pará e a seringueira), palmeiras (como açaizeiro e buritizeiro), cipós e lianas, além de epífitas (plantas que crescem sobre outras, como orquídeas e bromélias).

Adaptações

  • Árvores possuem raízes tabulares (“sapopemas”), que ajudam a sustentar o tronco em solos rasos e pobres.
  • Muitas espécies têm folhas largas, que facilitam a captação de luz no ambiente sombreado do sub-bosque.
  • Plantas das áreas alagáveis suportam longos períodos submersas e algumas desenvolvem caules flexíveis.
  • Epífitas aproveitam a altura das árvores para captar mais luz solar e água da chuva, já que não têm contato direto com o solo.

Essas estratégias mostram como a vegetação está adaptada tanto ao regime intenso de chuvas quanto às cheias periódicas dos rios.

Diversidade animal

A fauna amazônica também é riquíssima, com milhares de espécies já descritas e muitas ainda desconhecidas. Destacam-se:

  • Mamíferos: onça-pintada, boto-cor-de-rosa, preguiça, macacos (como o guariba e o macaco-aranha).
  • Aves: arara-azul, tucano, gavião-real, garças.
  • Répteis e anfíbios: jacarés, anacondas (sucuris), iguanas, dendrobatídeos (sapos venenosos).
  • Peixes: pirarucu, tambaqui, piranhas, além de inúmeras espécies ornamentais.
  • Insetos: formigas cortadeiras, borboletas, mosquitos e besouros.

Adaptações

  • Animais arborícolas (macacos, preguiças, aves) desenvolveram membros fortes e caudas preênseis para se locomover no dossel.
  • Muitos possuem colorações camufladas ou chamativas (aposematismo, no caso de espécies venenosas).
  • Espécies aquáticas (como o pirarucu) respiram oxigênio atmosférico em águas pobres em oxigênio.
  • Estratégias comportamentais incluem hábitos noturnos para evitar predadores ou o calor intenso.

Relações entre espécies

As interações ecológicas são fundamentais para a manutenção do equilíbrio do bioma:

  • Mutualismo: árvores frutíferas e animais dispersores (como tucanos e macacos) que carregam sementes.
  • Polinização: orquídeas e abelhas sem ferrão, em uma relação de benefício mútuo.
  • Predação: a onça-pintada regula populações de herbívoros.
  • Competição: plantas disputam espaço e luz no dossel da floresta.
  • Comensalismo: bromélias acumulam água em suas folhas, que serve de abrigo para pequenos animais, sem prejudicar a planta.

Essas relações ecológicas contribuem para a manutenção da alta biodiversidade e para a resiliência da floresta amazônica diante de mudanças ambientais.

Leia também:

Floresta amazônica: maior floresta tropical do mundo

Animais da Amazônia

Biomas brasileiros: tipos e características (resumo com mapa mental)

Referências Bibliográficas

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna: volume único. São Paulo: Moderna, 2006. 839 p.

COUTINHO, L. M. Biomas brasileiros. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 160 p.